domingo, 25 de dezembro de 2011

Organiza o Natal

Carlos Drummond de Andrade


"Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso.

A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre."

do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 52

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Natureza da Liberdade



No outro dia, falávamos sobre a ação livre de idéia,
uma vez que o pensamento é uma resposta da memória;

o pensamento é sempre limitado, condicionado pelo passado e , por isso, jamais levará à liberdade.
Acho muito importante compreender esse fato.

Se não compreendermos, por inteiro, o processo de autodefesa do pensamento,

não poderá haver liberdade psicológica.

E liberdade (que não é uma reação à não-liberdade, nem o oposto disso) é essencial,

pois só em liberdade podemos descobrir a verdade.

Só quando a mente está de todo livre é que pode perceber o verdadeiro.
A verdade não é uma coisa contínua, que se possa manter mediante prática ou disciplina,

mas algo que se percebe num lampejo.

A percepção da verdade não surge através de qualquer forma do pensamento condicionado,

razão pela qual o pensamento não pode imaginar, conceber nem formular o que seja a verdade.
Para se entender, plenamente, o que é a verdade, tem de haver liberdade.

Para a maioria de nós, liberdade é apenas uma palavra, uma reação ou uma idéia

que serve de fuga à nossa escravidão, ao nosso sofrimento, à rotina entediante do dia-a-dia;

mas isso, absolutamente, não é liberdade.

A liberdade não vem através da busca, porque não podemos buscar a liberdade e tampouco procurá-la.

A liberdade só vem quando compreendemos todo o processo da mente que cria suas próprias barreiras, limitações e projeções, a partir de uma base de experiência condicionada e condicionante.
Para uma mente de fato religiosa, é importantíssimo compreender aquilo que transcende a palavra,

que transcende o pensamento e toda experiência.

E, para compreender isso, para estar com o que se acha além de toda experiência,

para perceber isso profundamente e num lampejo, a mente deve estar livre.

Idéia, conceito, padrão, opinião, julgamento ou qualquer disciplina organizada impedem a liberdade da mente.

Essa liberdade traz a sua própria disciplina – não a disciplina da submissão, da repressão ou do ajustamento,

mas a disciplina que não é produto do pensamento, que não tem motivo.
Seguramente que, num mundo confuso, com tanto conflito e miséria,

é mais do que urgente entender que a liberdade é o primeiro requisito da mente humana,

não o conforto, nem o fugaz momento de prazer, nem a continuidade desse prazer,

mas uma liberdade total, que é a única origem da felicidade.

A felicidade não é um fio em si mesma; como a virtude. É um subproduto da liberdade.

Uma pessoa livre é virtuosa;

mas o homem que pratica a virtude, submetendo-se a um padrão estabelecido pela sociedade,

jamais saberá o que é liberdade e, por isso, jamais será virtuoso.
Gostaria de falar sobre a natureza da liberdade e ver se podemos, juntos, encontrar tateando o caminho para ela;

mas não sei como escutam o que estamos dizendo.

Escutam apenas as palavras? Escutam para compreender, para experimentar?

Se escutam em qualquer desses dois sentidos, nesse caso muito pouco valor terá o que se está dizendo.

O importante é escutar, não as palavras, nem com a esperança de experimentar essa coisa extraordinária que é a liberdade, mas escutar sem esforço, sem luta, serenamente. Isso, contudo, exige atenção.

Por atenção, quero dizer estarmos totalmente empenhados nisso, com a mente e o coração.

Se ouvirem desse jeito, descobrirão por si próprios que não podemos ir em busca de tal liberdade,

que ela não provém do pensamento, nem de exigências emocionais ou histéricas.

A liberdade surge, sem que precisem procurá-la, quando há total atenção.

Atenção total é o estado da mente que não tem limites nem fronteiras e que, portanto,

é capaz de captar cada impressão, de ver e ouvir tudo.

E isso podemos fazer; não é coisa tão difícil assim.

Torna-se difícil unicamente porque estamos presos a hábitos e isso é uma das coisas de que gostaria de falar.
Cremos poder escapar da inveja gradualmente e fazemos esforço para nos livrar dela aos poucos

e, assim, acabamos introduzindo a idéia de tempo.

Dizemos: “Tentarei livrar-me da inveja amanhã ou um pouco mais adiante”;

entrementes, porém, continuamos invejosos.

As expressões tentar e entrementes são a própria essência do tempo e, quando introduzem o fator tempo,

não conseguem libertar-se do hábito.

Ou rompem com o hábito de uma vez por todas, ou ele continua embotando a mente e criando novos hábitos.
Mas será possível a mente livrar-se, por completo, dessa idéia de atingir alguma coisa gradualmente transcender algo, ficar livre gradualmente?

Para mim, liberdade não é uma questão de tempo –

não existe nenhum amanhã, no qual se possa ficar livre da inveja ou adquirir uma virtude.

E, não havendo amanhã, não há medo.

Só existe o pleno viver no agora; o tempo cessou de todo e, desse modo, acaba a formação de hábitos.

Com a palavra agora, refiro-me ao que é instantâneo,

que não é reação ao passado nem uma forma de evitar o futuro.

Há tão-somente um momento de atenção total; toda atenção, nesse momento, está aqui, no agora.

Certamente que toda existência está no agora;

quer sintam uma enorme alegria, quer experimentem profundo sofrimento, ou seja o que for,

só no presente é que isso acontece.

Através da memória, no entanto, a mente acumula a experiência do passado e a projeta no futuro.
Se não estivermos livres do passado, não haverá liberdade, pois a mente nunca é nova, fresca, inocente.

Só a mente fresca e inocente é livre.

Liberdade nada tem que ver com idade, com experiência.

A mim me parece que a essência mesma da liberdade está no compreender o mecanismo do hábito,

tanto consciente como inconsciente.

Não é uma questão de por fim ao hábito, mas de ver toda a estrutura do hábito.

Temos de observar como formam os hábitos e como, por rejeitar um hábito ou resistir a ele,

criamos outro hábito.

O que importa é estarem inteiramente cônscios do hábito;

nesse momento é que poderão ver, por si mesmos, que findou o processo de formação de hábitos.

Resistir ao hábito, lutar contra ele ou rejeitá-lo só dá continuidade ao hábito.

Quando lutam contra o hábito, dão vida a ele e, então, apenas atentos à estrutura do hábito como um todo,

sem resistência, descobrirão estarem livres do hábito e, nessa liberdade, ocorre algo novo.

Krishnamurti - do livro: Sobre a Liberdade

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, ORAI POR NÓS!

Minha Nossa Senhora da Conceição, este é mais um chamado, como tantos outros,
nestes teus dias de festa. Eu sei que estás muito ocupada, em atender a todos os pedidos e orações de teu povo. Mas vamos nos permitir relaxar um pouco, deixar as formalidades para os momentos formais e ter uma conversinha de pé de ouvido, de mulher para mulher.

Na condição de santa, sabes melhor do que ninguém, como anda teu povo. A ti ninguém engana: estás vendo tudo daí de cima. E ser padroeira de uma comunidade numa das regiões mais pobres do país, é uma responsabilidade muito grande. Tarefa para santo. Porque os políticos, que atualmente resolveram assumir este papel divino, falam muito, fazem pouco e não resolvem nada.

Daí o desespero do povo. Porque, minha santa, o povo não agüenta mais. A exploração do trabalho e a manipulação do homem estão aumentando assustadoramente e o pessoal vai ficando cada vez mais pobre. E você sabe, minha santa, que eu não estou falando somente de pobreza material: comida para matar a fome, roupa para vestir, casa para morar, saúde para viver melhor (e nem ouso citar aqui uma cervejinha, de vez em quando, que ninguém é de ferro); eu estou falando de pobreza moral e afetiva.

Porque eu estou assustada, muito assustada mesmo. E vou transformar esta nossa conversa em um pedido de socorro. Afinal, não é para isso mesmo que servem as santas, ainda por cima padroeiras ?

Olhe pelos jovens. Mesmo que não a procurem, olhe por eles, não para tirá-los do caminho em que estão, mas para mostrar-lhes a infinidade de caminhos que eles têm à sua frente. Ensine-os novamente a sonhar. E dê-lhes segurança, coragem e integridade para viver pelo seu sonho.


Desculpe-me pela imensidão da tarefa que estou lhe passando. Mas sabemos, ambas, que não tem outro jeito. Para isso, estou à sua disposição.
Faça de mim um instrumento de criação e revolução de vida.
Amém.


Helena Straus
publicado em Folha de Colinas/Maranhão, em novembro de 1990

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

OS GIGANTES NA BÍBLIA (2ª parte)

É natural que, mesmo após a dizimação dos gigantes por ocasião do Dilúvio, provocado pelos Anunnaki (isso há uns dez mil anos), alguns tenham sobrevivido e deles aparecem menções na Mitologia, na Bíblia judaica e em túmulos e ossadas já descobertos em diversos lugares da Terra. Daniken fala desses achados e há bem pouco tempo foi noticiado a descoberta, no Equador, de um esqueleto de 7 metros, que teria pertencido a uma mulher.

Também reforça essa “tese” as imensas construções presentes em vários locais da Terra – pirâmides, menires, estruturas gigantescas, palácios no fundo do mar e construções com blocos de rocha com mais de 20 toneladas, justificando a enorme força e tamanho dos seus construtores.

A Bíblia, no seu Velho Testamento, é rica na referência a tais criaturas gigantes, sendo o mais famoso o Golias e Ogue. Eles eram guerreiros e até reis e os povos antigos faziam alianças com esses Seres, servindo-se de sua estatura, força e valentia. Quando os hebreus conquistaram a Palestina, enfrentaram vários clãs desses gigantes, como os refains, os anaquins, os enamins e outros. Na época eles se concentravam naquela região onde habitaram os antigos Anunnaki, mas há indicações de sua presença em outras regiões da Terra.

UFOLOGIA – A Ufologia moderna se reporta a inúmeros casos de contato em que os tripulantes de Naves tinham enorme estatura e vêm de sistemas estelares distantes.

Também a pesquisa espacial da Rússia e dos Estados Unidos constataram, através de fotos e filmagens, que tanto Marte, quanto a Lua, mostram estruturas de tamanho descomunal que, assim como na Terra, teriam sido construídas por raças gigantes. Um exemplo clássico dessas criaturas, eram os Titãs, por sinal, um dos satélites de Saturno.

De todas essas evidências, podemos concluir com relativa segurança, que no Universo existem diferentes raças inteligentes que, embora mantendo, em geral, um padrão biotípico “cruciforme” (cabeça, tronco e membros), no entanto há imensa variedade na constituição orgânica, como número de dedos, de cabelos, olhos, cor, altura, órgãos internos etc.. Há mesmo referências de que, no cosmo possa haver raças aladas, aquáticas e “elementais” (djinas), seres híbridos, assim como “angelicais”, com diferentes graus de densidade energética, alguns já “fora da matéria” e, portanto, invisíveis para nós. Uma raça gigante ou “mignon” seria apenas “variação do mesmo tema”.

Mas para nós, humanos da Terra, o que mais importa é sabermos que nosso planeta tem antiqüíssima história e que já foi teatro de grandes acontecimentos sequer imaginados pela nossa “cultura de bolso”, na verdade cobrindo apenas uma pequena etapa do nosso passado. Nossa ciência, mesmo observando mistérios inexplicáveis, que sinalizam complexas culturas do nosso passado longínquo, por não poder encaixá-los no contexto natural das coisas – como explicar, por exemplo, gigantescos “palácios” no fundo dos mares, ou os “moahs” da ilha da Páscoa, ou as figuras de Nazca, no Peru? – e então criou a Mitologia, deixando nas sombras fatos que hoje estão sendo, pouco a pouco, resgatados, ou pela Arqueologia, ou por revelações que vão abrindo as portas de nossa consciência e percepção de que somos apenas um grãozinho de poeira na imensidão ignota do universo.

Alonso Valdi Regis

Morro do Chapéu (BA) 07.Dez.2011

alonsovregis@gmail.com

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os Gigantes na Bíblia

Para os estudiosos da Bíblia, especialmente do Testamento antigo, vai aqui uma informação no mínimo chocante. Mas são as informações chocantes, que nos instigam a descobrir a verdade por trás das sombras de um passado longínquo e obscuro, que cada vez mais se revela.
Quando entre os séculos 19 e 20 foram desenterradas milhares de “estelas” (placas de cerâmica), onde estava outrora a Mesopotâmia (hoje, Iraque), berço da Suméria e da Babilônia, a humanidade tomou um choque pelo que estava escrito e desenhado naquelas peças arqueológicas que, na verdade, era uma antiga biblioteca, toda escrita em cuneiforme – letrinhas em forma de “cunha” que, ao serem traduzidas, mostraram, para assombro do mundo, o que podemos chamar hoje, de “o original do Gênese”, pois ali estava a história da criação do mundo, dos primeiros Seres, do Dilúvio, da Torre de Babel, de Sodoma, do Sinai e muitos outros episódios narrados no Pentateuco (os cinco primeiros livros do Velho Testamento).
E é muito interessante que esses mesmos relatos aparecem no “Livro de Enoc”, um livro que foi expurgado do Cânon bíblico, por conter “dados misteriosos” de impossível compreensão. Mas quando confrontamos as duas fontes – as “estelas” da Suméria e o Livro de Enoc – então temos toda uma epopéia que passo a resumir:
Naqueles antigos tempos – isso há uns 400 mil anos – desceu do céu uma expedição composta de homens gigantes (4 a 7 metros), que vinham em busca de ouro para uso no seu mundo de origem. Esse povo se chamava “Anunnaki”. E ali, entre os rios Tigre e Eufrates, fundaram a cidade de Nipur, de onde começaram a sobrevoar o planeta, quando localizaram no sul da África, uma tribo primitiva. Muito admirados, comunicaram o fato aos seus superiores do Espaço, os quais logo mandaram uma equipe de biólogos para estudar a forma de vida descoberta. E ao descobrirem que havia “compatibilidade genética” entre a raça terráquea e a deles, logo foi concebido o plano de “promover um avanço evolutivo”, usando hibridação biológica entre as duas raças, o que fez surgir um homem avançado, tanto na estrutura física, como nas propriedades psíquicas. Após obterem o biótipo ideal do homem, cuidaram de “produzir” uma criatura feminina, utilizando elementos genéticos do ser masculino – naturalmente foram milhares de casais – que possibilitaram a procriação e povoamento do nosso mundo.
Havia, porém, a rígida recomendação para que não houvesse acasalamento entre a raça dos Anunnaki e as mulheres terrestres “melhoradas” (que no Gênese são chamadas de “formosas”) . Mas a ordem foi ignorada e logo as mulheres estavam grávidas dos “gigantes” (que a Bíblia chama de “Nefilin” ou “filhos de Deus”) – o que, obviamente, causou a morte das mulheres, o que não sensibilizou os gigantes, que apenas se interessavam pelos filhos. A coisa evoluiu de tal sorte que a população de gigantes chegou a milhões e, por comerem demais, logo faltou alimento e, então, começaram a praticar a antropofagia, devorando os terrestres. O fato logo chegou ao conhecimento dos líderes lá do Espaço que, indignados, desviaram a órbita de um Astro, que roçou a Terra e provocou o famoso Dilúvio, exterminando a vida no planeta. Mas, para garantir uma sobrevivência que desse continuidade à vida terrestre, foi determinado que um pequeno grupo fosse poupado, tanto de humanos, como de animais.
(continua na próxima edição)
Alonso Valdi Regis
29.11. 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre o entusiasmo

após a leitura, assista ao vídeo... são apenas 92 segundos:

A palavra entusiasmo vem do grego e significa "ter um deus dentro de si".

Os gregos eram politeístas ... acreditavam em vários deuses.

A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses, por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.

Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da
Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita e assim por diante.

Para os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modificá-la.

Era preciso entusiasmar-se: "abrigar um deus em si"!

Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza.

E acreditam igualmente nos outros entusiasmados.

Não é o sucesso que traz o entusiasmo,
é o entusiasmo que traz o sucesso.

O entusiasmo é bem diferente do otimismo.

Otimismo é a certeza de que tudo vai dar certo, sempre ...

Entusiasmo é a normalidade no otimista ...


sábado, 12 de novembro de 2011

Vida Extraterrestres sob três enfoques do Passado

VIDA  EXTRATERRESTRE  SOB TRÊS ENFOQUES  DO  PASSADO

1)  O LIVRO DE ENOC
2)  OS VÍMANAS  DA  ÍNDIA
3)  OS  ANUNNAKIS  DA  SUMÉRIA
       
Para surpresa dos próprios ufólogos – que estudam a questão da vida fora da Terra e sua presença aqui  entre nós – vamos, pouco a pouco, descobrindo que esses misteriosos Seres e suas Naves espaciais já transitavam por aqui há milhares de anos,conforme demonstração resumida a seguir.

1) O  LIVRO  DE  ENOC – Esse personagem bíblico narra em seu livro incríveis histórias de como ele foi levado por uma “carruagem de Deus” (Maassei merkabah) e lá no Espaço foi transferido para outro “palácio” (grande Hehalot) , onde ficou por 30 dias, chefiando um grupo de “escribas” que compilaram 300 livros (papiros), os quais trouxe para a Terra, com ordem para divulgar os ensinamentos ali  registrados. Mais tarde, o próprio Enoc narra como chegaram do céu, duzentos “Anjos”, citando o nome de cada um, sendo estes encarregados de ensinar as artes e ofícios, tais como metalurgia, trato da terra, saúde etc.. Finalmente, Enoc foi “arrebatado” por um “carro de fogo”, ficando conhecido como “o homem que andava com Deus”. Nota 1 – No livro de Enoc, ele descreve como passou os 30 dias girando em torno da Terra, vendo a rápida sucessão do dia e da noite e passar na sua visão, o  sol, a lua e as estrelas, dando detalhes tão precisos que, hoje, a NASA poderia calcular a velocidade e altitude em que essa “grande Helalot” orbitava a Terra. Nota 2 – O Livro de Enoc foi excluído do cânon bíblico não por ser apócrifo, mas pelas fantásticas descrições nele contidas, com informações absolutamente incompreensíveis para a cultura da época, apesar de que a Bíblia cita por diversas vezes, o nome de Enoc, inclusive a sua “abdução” por um “carro de fogo” (merkabah ou pequeno hehalot, na língua hebraica).

2) OS  VIMANAS  DA  INDIA - A grande fonte de informação desse tema é o livro VIMAANIKA SHASTRA (A Ciência dos Vimanas), descoberto em 1918, na Biblioteca Sânscrita de Baroda, na Índia. A divulgação desse livro causou grande alvoroço na época, sendo averiguada a sua autenticidade e discutido em congressos de autoridades técnicas de vários países. A origem do livro é imprecisa, mas se sabe ter sido entre o século IV a.C. e o X d.C. O nome “vimana”, em sânscrito, quer dizer “aquele que pode voar no céu com a velocidade dos pássaros”, certamente uma modesta descrição de um aparelho que é impulsionado, segundo o livro, por um motor de vórtice de mercúrio, cuja representação gerou o famoso e mítico “caduceu de Mercúrio”, símbolo da Medicina moderna e que é assim explicado: o globo inferior é um depósito de mercúrio. As duas “serpentes enroladas” são 2 serpentinas por onde sobe o vapor de mercúrio aquecido. As duas asas são mostra simbólica do vôo, pois o dispositivo espiralado, na verdade, são bobinas geradoras de campos magnéticos que facilitam o vôo espacial. O livro narra, ainda, como esse aparelho foi usado em guerras com o Reino Atlante, sagas que são contadas nos épicos literários Ramayana e Mahabharata.

3) OS  ANUNNAKIS DA SUMÉRIA – De todos, o mais empolgante é o caso dos Anunnaki, membros de uma expedição extraterrestre que chegaram à Terra há uns 445.000 anos antes de Cristo e fundado a cidade de Nipur, na antiga Mesopotâmia (atual Iraque), no Oriente Médio. Essa história estava em milhares de tabuletas de cerâmica, escritas em caracteres cuneiformes, encontradas no final do século 19, sendo traduzidas e comentadas pelo historiador e consultor da NASA, Zecharia Sitchin, autor da série de livros “Crônicas da Terra” e cujo principal volume  é o “Gênesis Revisitado”. Esses textos surpreendem pelo fato de fazerem conexão com diversos episódios descritos nas antigas Escrituras, como a criação de Adão, o Dilúvio, a Torre de Babel, os eventos do Monte Sinai, a destruição de Sodoma, tudo mostrado à luz de uma visão natural dos fatos, com a impressionante possibilidade de aqueles antigos acontecimentos reatarem uma continuidade com o momento atual do planeta Terra, envolvendo os Extraterrestres do Grupo Anunnaki e encerrando um longo período de experiências que os Maias demarcam em seu Calendário como sendo o final de um grande ciclo de 25 mil anos. E esse solene (e dramático) encerramento teria o nome de APOCALIPSE.

Fontes de consulta: A Mística Judaica, de Gershom Scholem, VIMANA, de David H. Childress, Gênesis Revisitado, de Zecharia Sitchin e Enciclopédia da Bíblia, de Champlin.
                                         
Alonso Valdi Regis

Morro do Chapéu (BA) 12.Nov.2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A MEIA HORA DE SILÊNCIO NO CÉU


 MEIA  HORA  DE  SILÊNCIO  NO  CÉU
série “Releitura Atual das Profecias Bíblicas”


Entre os diversos fenômenos previstos para acontecer num determinado momento desse ciclo de transição, que o planeta e sua humanidade começam a atravessar, encontramos  essa “meia hora de silêncio no céu” (Apo 8-1). Até hoje, os exegetas da Bíblia tiveram dificuldades em explicar esse fenômeno, que é classificado como o “sétimo selo” 

O autor do Livro do Apocalipse resumiu os fatos desse período - chamado de “Tribulações” -em 7 Selos, 7 Trombetas e 7 Taças, cada um representando uma conseqüência danosa para o planeta e para seus habitantes:  são 21 fatos como seca, guerras, fome, sismos, radiação solar, tsunamis, poluições diversas, etc.

O que seria a “meia hora de silêncio no céu” ?

Alguns desses fenômenos não poderiam ser explicados antes desse momento, pois se trata de fatos “inéditos” na nossa cultura e desconhecidos do próprio modelo científico, que rege os acontecimentos naturais.

Um desses fatos é a chamada “reversão magnética dos pólos terrestres” que, segundo as fontes consultadas, só acontece em milhares de anos, fora, portanto, do âmbito de nossa História conhecida.

Como se dá uma “inversão magnética polar”?

Pela passagem próxima da Terra de um grande corpo astronômico ou pela radiação intensa do nosso sol, como é o caso atual da entrada do sistema solar, no “cinturão de fótons” – nuvem magnética gerada no aglomerado das Plêiades, em torno do grande sol central Alcione.  Em ambos os casos, as torrentes magnéticas “sugadas” pela Terra, saturam nossa “magnetosfera”, que submetida a movimentos atípicos e erráticos – fato também previsto pelas antigas profecias – além do caótico deslocamento de múltiplos vetores magnéticos na região central do nosso sistema solar, onde se entrelaçam as órbitas de diversos corpos celestes em seus periélios, resultando na inusitada inversão polar, quando o norte da Terra ficará negativo e o sul, positivo.

Esse fato, aparentemente um absurdo dentro das leis do equilíbrio universal, gera outro fato não menos fantástico, que é a reversão do movimento rotatório da Terra.

Para isso, ela inicia uma desaceleração de seu giro equatorial, 1.674 kms/hora, até ficar totalmente parada no Espaço. Daí, ela acumulará energia cinética oriunda dos poderosos campos magnéticos polarizados nas pontas do seu “magneto” (eixo N-S), dando nova partida no seu giro, agora invertido, fazendo surgir outro fato inédito: o sol, no seu “giro aparente”, nascendo no poente e se pondo no nascente – o mesmo ocorrendo com a lua e com as estrelas.

A “meia hora de silêncio no céu” seria o período em que a Terra estaria imobilizada, com o sol, a lua e as estrelas, também “parados”, assim como os ventos e as ondas do mar, as correntes marítimas e tudo o mais que “se move”  no Espaço, em função do movimento rotatório do nosso planeta. No lado em que o sol estiver banhando a Terra com sua luz e calor, haverá “três dias de sol” e do lado oposto, as famosas três noites de escuridão.

Por ter a Terra ¾ de sua superfície coberta por águas, ocorreria um fato, entre outros, bastante singular. Como o lado atlântico das Américas é bloqueado do norte ao sul pela massa continental, as águas aí se acumulam contra o giro da Terra, causando o desnível apresentado no canal do Panamá. Ali, o Atlântico está 25 metros acima do nível do Pacífico. Com a Terra parada, os mares se nivelarão, equilibrando o desnível na proporção de 12,5 metros, recuando no lado atlântico e elevando-se no Pacífico.

Além do registro bíblico desse inusitado acontecimento, temos, também, a menção das profecias MAIAS, que nos falam do 5º Sol, que ora termina e do 6º Sol que começa, nesse final do Grande Ciclo de 26 mil anos. Do que deduzimos que nosso Planeta já sofreu cinco dessas “reversões magnéticas”, cada uma trazendo o “seu Sol”.

obs: naturalmente, esses fatos não têm o apoio científico, até mesmo por serem “inéditos” como fenômeno controlado pela Ciência.

Procuramos apenas uma “conciliação” entre o que rezam as profecias e os fatos que ora já podem ser entendidos, embora numa situação atípica, em que as leis conhecidas poderão ser revertidas.

Alonso Valdi Regis
Morro do Chapéu /Ba
7.Nov.2011

OS SETE SAPATOS SUJOS

Os Sete Sapatos Sujos
Mia Couto

« Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos.
À porta da modernidade, precisamos de nos descalçar. 
Eu contei “Sete Sapatos Sujos” que necessitamos de deixar na soleira da porta dos tempos novos. 
Haverá muitos. 
Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:

Primeiro Sapato: a ideia de que os culpados são sempre os outros.
Segundo Sapato: a ideia de que o sucesso não nasce do trabalho
Terceiro Sapato: o preconceito de que quem critica é um inimigo.  
Quarto Sapato: a ideia de que mudar as palavras muda a realidade.
Quinto Sapato: a vergonha de ser pobre e o culto das aparências.  
Sexto Sapato: a passividade perante a injustiça .  
Sétimo Sapato: a ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros.»  

Mia Couto, escritor moçambicano, licenciado em Medicina e Biologia, fez uma oração de sapiência na abertura do ano letivo do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique. 
Excertos desta oração foram publicados no “Courrier Internacional”.